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Trump toma posse nos EUA e inicia governo apoiado por bilionários

Discurso foi marcado pela tese de que os cidadãos dos EUA estão em risco e foram "vítimas" da adminstração democrata

por Redacao
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Donald Trump tomou posse nesta segunda-feira (20) como presidente dos Estados Unidos – Foto: Reprodução

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, foi empossado nesta segunda-feira (20) para um mandato presidencial até 2028. A cerimônia põe fim ao governo de Joe Biden, do Partido Democrata.

Aos 78 anos, o republicano se torna o mais velho chefe de Estado estadunidense a tomar posse, após uma passagem inicial na Casa Branca entre 2017 e 2021 e também o primeiro a ocupar o cargo após ser condenado por crimes federais nos EUA.

Com uma das mãos sobre uma Bíblia herdada de sua mãe, Trump jurou “proteger a Constituição” sob a cúpula do Capitólio, o mesmo lugar onde, em 6 de janeiro de 2021, seus apoiadores tentaram impedir o Congresso de certificar a vitória de Biden.

“A hora de ouro dos Estados Unidos começa agora. Em cada um dos dias do meu governo, não vou permitir que tirem vantagem de nós. Simplesmente vou colocar a ‘América’ em primeiro lugar”, discursou após saudar a presença dos ex-presidentes estadunidenses e demais políticos na cerimônia.

Seu discurso foi marcado pela tese de que os cidadãos dos Estados Unidos estão em risco e foram “vítimas” da administração democrata.

Ele acusou o governo Biden de ser “incapaz” de lidar com as crises internas do país, enquanto está envolvido em “contínuas catástrofes” fora do país.

Também acusou a administração do democrata de prover segurança para “criminosos perigosos, muitos de prisões e hospitais psiquiátricos que entraram ilegalmente em nosso país”, fazendo seu primeiro aceno à sua clássica política anti-imigratória.

“Temos um governo que deu fundos ilimitados para a defesa fora do país, mas se recusa a proteger seus cidadãos” afirmou, sem mencionar diretamente a Ucrânia e Israel – maiores receptores de auxílio militar estadunidense devido aos seus conflitos.

“Nos últimos oito anos, eu fui testado e desafiado mais do que qualquer presidente em nossa história. Aprendi ao longo do caminho que a jornada não é fácil. Aqueles que quiseram interromper nossa causa tentaram tirar minha liberdade e minha vida”, declarou, referindo-se ao atentado na Pensilvânia durante sua campanha presidencial em julho passado.

“Para os estadunidenses, 20 de janeiro de 2025 é o dia da libertação”, afirmou Trump. Para surpresa dos presentes, o presidente EUA, conhecido por seu discurso xenófobo e racista, citou o líder negro Martin Luther King (1929-1968).

“Às comunidades negras e hispânicas, gostaria de agradecer-lhes pela tremenda confiança e amor que me mostraram com seu amor. Eu ouvi suas vozes na campanha e estou ansioso para trabalhar com vocês nos próximos anos. Hoje é o dia de Martin Luther King e em sua honra, vamos fazer seu sonho se tornar realidade”.

Bilionários ultraconservadores

A posse contou com a presença de  empresários e bilionários apoiadores da extrema direita mundial, como  Jeff Bezos (Amazon), Mark Zuckerberg (Meta), e o próprio Elon Musk, que fará parte de seu governo.

Líderes da extrema direita mundial assistiram à posse, como o presidente da Argentina, Javier Milei, e do opositor venezuelano Edmundo González Urrutia, derrotado por Nicolás Maduro.  O ex-presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, também foi convidado por Trump, mas sua saída do Brasil foi vetada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Antes do discurso

O dia do evento iniciou-se com a presença de Trump e sua esposa, Melania, em um culto na Igreja Episcopal de St. John, perto da Casa Branca.

Após a visita religiosa, foram recebidos por Biden e a primeira-dama Jill, pela manhã. O encontro é uma reunião de boas-vindas antes da cerimônia de posse e faz parte do protocolo.

O vice-presidente eleito, J.D. Vance, e sua esposa, Usha, foram recebidos pouco antes por Kamala Harris.

Respeitando os costumes de uma transferência pacífica de poder, Biden compareceu à posse do republicano no interior do Capitólio. Quatro anos atrás, o bilionário republicano, enfurecido pela derrota, recusou-se a recebê-lo na Casa Branca e não compareceu à sua posse.

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